TERÇO DAS SETE ALEGRIAS DE MARIA

TERÇO  DAS  SETE  ALEGRIAS  DE  MARIA

1° .  O Anúncio do Anjo (Boletim 147)

2°.  O Verbo se fez carne (148)

3°. Maria visita sua parenta Isabel ( 149)

 . O nascimento de Jesus ( 150)

 . A perda e o reencontro de Jesus aos 12 anos de idade ( 151)

 .  Maria aos pés da cruz (152)

 .  A Ressurreição de Jesus (153)

Note bem: Recomendamos aos Devotos e Mensageiros de Jesus crucificado e de Nossa Senhora “Causa da Nossa Alegria” que este terço seja rezado, sozinho (a) ou em grupo, meditando-o, numa vigília mariana, todo sábado ou, pelo menos, nos primeiros sábados do mês. Se for em grupo e houver possibilidade, os mistérios podem ser intercalados por cânticos marianos. No fim do terço rezar a ORAÇÃO: “ A vós recorremos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todo perigo e de todo mal.”, e a ORAÇÃO a “Nossa Senhora Causa da Nossa alegria” e finalizar a vigília mariana com o “canto” de Nossa Senhora das alegrias.

Se o terço for rezado sozinho, por ser meditado,  os sete mistérios podem ser rezados, cada um em momentos diversos e possíveis  à pessoa ao longo do dia.

Primeiro mistério: O Anúncio do Anjo a Maria Santíssima 

Leitura bíblica (Lc 1,26-29)

Reflexão: O Anjo anuncia a Maria o que nunca ela teria pensado,  ser “Cheia de Graça”.

Isso significa que ela, desde o momento de sua concepção, de sua existência humana, estava intimamente unida a Deus. A Santíssima Trindade, com o Seu Amor, estava nela e a dirigia. Quer dizer: o seu pensamento era aquele de Deus e a sua vontade também a dele. Ela vivia em Deus e Ele nela. Tudo o que fazia era conforme Deus queria. Vivia, consequentemente, sempre serena, experimentando o reflexo da felicidade do céu, que sobre esta terra é a paz interior de quem vive no amor da obediência a Deus.

Naturalmente isso tudo era um dom de Deus, em vista da morte e ressurreição de Jesus. De sua parte, porém, já desde quando chegou ao uso da razão, houve a acolhida do Pensamento e da Vontade de Deus, procurando conhecê-los por todas as maneiras possíveis, para viver neles. Esse conhecimento era a sua maior preocupação.

Também nós, pela morte e ressurreição de Jesus, no dia do Batismo recebemos essa união com Deus, Deus passou a habitar em nós, como que em sacrários vivos, para dirigir a nossa vida no Seu Amor divino, porque Ele é o Amor, a Sua vida divina é Amar.

 Mas nós, eu, o hospedamos e nos deixamos guiar por Ele? . Vivemos no Seu pensamento e na Sua vontade de Amor? A nossa, a minha vida, como a de Maria, é Amar a Deus na alegria divina  de servir os outros? O mesmo Jesus disse “Eu vim para fazer a vontade de meu Pai” (Jo 6,38), isto é, “para servir e não para ser servido e dar a minha vida em resgate por muitos” ( Mc 1045); quer dizer, para amar a ponto de morrer por cada um de nós.

Segundo mistério: “E o Verbo se fez carne”. Leitura bíblica (Lc 1, 26-29)

Depois do colóquio com o Anjo, no qual recebeu a notícia que ia ser mãe do Salvador, Maria pronunciou o seu “sim”.

Esse “sim” ela o deu numa confiança total em Deus, porque para ela tratava-se do maior mistério de Amor de Deus para com a humanidade e para com ela. Para com a humanidade, que há séculos esperava o Messias, o Salvador, mas sem que alguém soubesse que fosse o “Filho de Deus”. Para com ela, porque escolhida entre todas as mulheres para ser sua mãe unicamente por bondade divina. As palavras do Anjo que a induziram a acreditar e dar o seu consentimento foram  certamente: “Nada é impossível para Deus” (Lc 1. 37).

Pronunciando o seu “sim”, Deus tornou-se presente nela, assumindo a sua humanidade. Que Milagre, que Amor para com os homens! Amor fiel, amor infinito. É o Pai que vem à procura dos seus filhos perdidos. A espera de séculos acabara! Os homens finalmente podiam alcançar a felicidade. E imensa era a sua alegria, embora também ela ainda não soubesse que esse seu Filho Salvador era o mesmo Deus feito homem e não conhecesse a maneira como ele iria realizar a salvação da humanidade.

A sua vida, talvez mais do que a nossa, foi uma peregrinação na fé. Isso porque estava plenamente convencida de que tudo o que iria acontecer era certamente desejado ou permitido por Deus e, por isso, Ele o teria  transformado em bem para o seu Filho, para ela e para toda a humanidade. Essa confiança a mantinha serena, mesmo quando as lágrimas escorriam abundantes dos seus olhos.

Juntamente com a vida, nós também recebemos de Deus  uma ou várias missões de amor a cumprir. Em geral, a anterior prepara-nos para a seguinte. Essa missão ou missões são sempre de amor, e é na oração que as descobrimos. Como Maria, devemos dar o nosso sim e realizá-las confiando nele. Na realidade, é Deus, presente em nossa vida, que as cumpre, mas através da nossa adesão diária, deixando-nos guiar por Ele, tendo Maria como modelo. Que alegria permitir a Deus viver em nós o seu Amor divino da maneira como Ele, fonte de misericórdia e de sabedoria, deseja!

Terceiro mistério: Maria visita a sua parenta Isabel  (Lc 1, 39-56) 

Naqueles dias Maria pôs-se a caminho para a “região montanhosa”, dirigindo-se “apressadamente” a uma cidade da Judéia… (Lc 1, 39-56).

Maria, logo depois da anunciação, já com Jesus no seu ventre, visita a sua parenta Isabel que, conforme o Anjo lhe dissera, estava grávida apesar de sua idade avançada. A viagem é “pelas montanhas”, mas ela vai e percorre o caminho “apressadamente”, superando toda dificuldade, porque está com desejo de chegar logo. Sabe que Isabel, estando no sexto mês de gravidez, está precisando de ajuda e, além disso, quer lhe dar também a notícia da sua concepção divina, dado que também ela (Isabel) estava envolvida na realização do mistério da vinda do Salvador.

É uma viagem de amor, na alegria de Deus  que faz superar todo obstáculo! E é essa alegria  que ela manifesta no canto do “magnificat”. Canto de louvor a Deus pelo seu Amor infinito para com ela e para com a humanidade toda, que Ele vem salvar enviando o Salvador, Jesus.

Maria ainda não conhece como isso vai acontecer. Mas, seja como for, no seu amor e confiança cega em Deus ela está pronta a enfrentar tudo. Deus é tudo para ela e a humanidade é a sua família, de quem, aliás, já começa a se sentir mãe. Sobre a cruz, no momento supremo da Redenção humana, Jesus a confirmará como tal.

Meditemos sobre a preocupação de Maria em ajudar a sua parenta, que estava precisando, e em levar–lhe Jesus, que a santificará.

Quando vivemos unidos a Jesus, somos como suas lâmpadas acesas, que iluminam, na verdade e no amor,  quantos convivem conosco, cruzam o nosso caminho, e  também o mundo inteiro, porque é ele que age em nós, e para ele tudo é possível, não existe nem tempo, nem distância.

Quarto mistério: O nascimento de Jesus (Lc 2, 1-7)

Maria se encontrava na cidadezinha de Belém quando chegou o tempo de dar à luz Jesus. Estava com José, seu puríssimo esposo, para fazer o recenseamento, conforme a ordem do Imperador romano.

A cidade estava cheia de gente, vindo de diversos lugares. Não havia lugar nas pousadas. Tiveram que se albergar numa gruta que servia como estábulo de animais. Havia também uma manjedoura, que se tornou o berço de Jesus.

Para aquele que criou o céu e a terra, na sua vinda na terra não houve um lugar decente para acolhê-lo! Foi um choque para Maria, mas a sua fé em Deus não deixou que a contrariedade lhe tirasse ou diminuísse a alegria pelo nascimento do seu divino Filho.

Ela sabia que Jesus era o Salvador prometido há séculos por Deus, por isso tudo o que eventualmente acontecesse, por pior que fosse, devia estar no plano de Deus e fazer parte da salvação que o seu Filho iria realizar. Por isso, ela tinha somente uma preocupação: conhecer e cumprir a vontade de Deus custasse o que custar.

Nós temos a mesma preocupação de Maria: conhecer e fazer a vontade de Deus, seja qual for? Ele pode tudo e é nosso Pai e Salvador. Por respeito à liberdade dos seus filhos permite  o mal, como a morte, porque fruto da desobediência deles,   mas, no fim, na sua bondade e poder, vai transformá-lo sempre em bem, nesta ou na outra vida, naturalmente se o enfrentarmos por amor a Ele, em reparação dos nossos pecados e dos pecados alheios.

Quinto mistério: A perda e o reencontro de Jesus aos 12 anos de idade (Lc2,41-50)

Aconteceu em Jerusalém. Segundo o costume, completando os doze anos de idade, Jesus foi levado em peregrinação ao templo de Jerusalém (Lc 2,41-50).

“De volta para casa, Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o notassem. Depois de três dias de procura o reencontraram no templo”.

Naturalmente o reencontraram porque o procuraram até encontra-lo. Reencontrando-o podemos imaginar a alegria de seus corações!

Antes, as pessoas não tinham Jesus; hoje, que o tivemos e  ainda o temos na sua Palavra eterna e na Eucaristia, a maioria ainda não o conhece ou o perdeu de vista. Por isso, elas continuam sem rumo na vida particular e sem leis justas na convivência social. As injustiças, a corrupção, a fome, o terrorismo, as guerras etc… são as eternas causas; o sofrimento, o vazio da vida , a morte, etc… são as conseqüências.

Jesus, é Deus feito homem, que veio nos Salvar de toda essa maldade e miséria humanas. Com a sua Palavra e Vida mostrou-nos o verdadeiro caminho e a verdade da existência humana e, com a sua Morte e Ressurreição colocou, ao nosso alcance a Vida Divina, que dá sentido e valor à vida humana, como a energia elétrica os dá à lâmpada.

Queremos viver para sermos felizes de verdade e para sempre?

Procuremos Jesus sem trégua, até encontrá-lo. Ele, atualmente, como Mestre, está presente na Sua Igreja, a de Pedro; como alimento, na Eucaristia; e como Salvador, na Cruz e na Confissão.

A Bíblia católica seja  como o nosso celular, que carregamos conosco por toda parte e  que nos mantém sempre atualizados no  Seu Pensamento e Vontade que devem guiar a nossa vida.   Vivamos  realmente sempre em Cristo, por Cristo e com Cristo, e irradiemo-lo até os últimos confins da terra.

Somente Ele nos salvará, e salvará o mundo. O resto é resto, ilusão e desilusão!

Sexto mistério: Maria aos pés da cruz ( Jo 19,25)

Maria, estando aos pés  da cruz  sobre o calvário, compartilhou como mãe  toda a dor e a alegria da crucificação e morte de Jesus.

A sua dor, vendo crucificar  e morrer o seu filho, podemos imaginá-la! Mas, enquanto as lágrimas lhe escorriam abundantes dos olhos, certamente deve ter  experimentado no seu íntimo também uma  dúplice alegria.

Em primeiro lugar, a alegria interior e profunda de ver Jesus acabar de cumprir a Vontade de sua Divindade (do Pai),  ou seja, a redenção da humanidade  (obter-nos o perdão dos pecados e a Vida divina). Afinal, era a missão de sua vinda  entre nós!

O cumprimento da vontade de Deus, que é sempre de amor, realmente é o bem maior que também nós devemos realizar. Isso   significa que devemos viver como verdadeiros filhos dele, como membros vivos de Jesus e, consequentemente, sempre com o pensamento em Deus, em Jesus, luz e força naquilo que devemos fazer .

Em segundo lugar, a alegria maternal deser declarada por Jesus nossa Mãe. A maior alegria de uma mulher é ser mãe. Maria exulta por ser também a nossa, a minha mãe. Mas será que eu, cada um de nós a ama verdadeiramente como  filho ou filha? Lembremos:  Amamo-la de verdade, como filhos, na medida em que vivemos unidos a Jesus, formando com Ele uma UNIDADE;  isso porque Jesus é o seu verdadeiro Filho. Somos seus filhos nele.

Mãe, ajude-me a ser e a viver, momento por momento, como seu filho (a) em Jesus, como “todo dele e todo seu”. Que eu nunca a entristeça!

Sétimo mistério: A Ressurreição de Jesus (Mt 28,  1-10)

              A ressurreição de Jesus foi uma explosão inimaginável de alegria para as mulheres que o seguiam e para os Apóstolos, e renovou o seu entusiasmo de seguidores.

            Ninguém, porém, pode ter tido maior alegria do que Maria, sua e nossa Mãe. 

            Quanto maior foi a dor, maior foi a alegria!  E ninguém sofreu como ela aos pés da cruz.  Embora ela certamente tivesse a certeza de que isso fosse acontecer – porque Jesus já o tinha anunciado diversas vezes (Mt 16,21) – todavia, passando de uma esperança, embora inabalável, para a realidade, ela, por esse milagre divino da ressurreição, teve o cumprimento da fé. Isso porque esse acontecimento divino era a confirmação de tudo o que ela tinha acreditado a respeito da missão salvadora de seu Filho. De fato, Ele, agora ressuscitado,  estava vivo na felicidade de sua condição divina; tinha cumprido fielmente a sua missão para com o Pai e a humanidade estava salva. Por isso São Paulo diz: “Se Jesus não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã” (1 Cor 15,17), porque é a divindade, mostrada na Ressurreição, que  dá veracidade  e valor de salvação a tudo o que Ele disse e fez  (Ef 2, 4-6).

            A sua alegria era também  saber que, agora, todos os filhos ( a humanidade toda), que Jesus lhe tinha confiado sobre o Calvário, estavam com a possibilidade de viver a Vida Nova em Deus  e, assim, alcançar com Jesus ressuscitado, a felicidade eterna. È ainda  São Paulo que nos diz o porquê: “Estávamos mortos pelo pecado, mas fomos sepultados  e ressuscitamos com Jesus no Batismo para uma Vida Nova, a vida no Amor de Deus, que, se for praticada, nos conduzirá à felicidade eterna do Pai”(cf Cl  2, 12-13; 3,1.17; Rm 12-1-2;  Ef  4,21-24).

 Padre Antonio Caliciotti

Note Bem: Os mistérios podem ser rezados ou todos juntos de uma só vez, ou separados ao longo do dia.

Comece a digitar sua pesquisa acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione ESC para cancelar.

De volta ao topo